XVI do tempo comum
Memória do profeta Elias que foi arrebatado ao Céu e deixou a Eliseu o seu manto.
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XVI do tempo comum
Memória do profeta Elias que foi arrebatado ao Céu e deixou a Eliseu o seu manto.
Primeira Leitura
Dal libro della Genesi 18,1-10
Salmo responsorial
Salmo 14 (15)
Quem habitará, Senhor, no vosso santuário?
O que vive sem mancha e pratica a justiça
e diz a verdade que tem no seu coração
e guarda a sua língua da calúnia.
O que não faz mal ao seu próximo,
nem ultraja o seu semelhante,
o que tem por desprezível o ímpio,
mas estima os que temem o Senhor.
O que não falta ao juramento mesmo em seu prejuízo
e não empresta dinheiro com usura,
nem aceita presentes para condenar o inocente.
Quem assim proceder jamais será abalado.
Segunda Leitura
Dalla lettera di Paolo ai Colossesi 1,24-28
Leitura do Evangelho
Aleluia aleluia, aleluia
Ontem fui sepultado com Cristo,
hoje ressuscito convosco que ressuscitastes;
convosco fui crucificado,
recordai-vos de mim, Senhor, no vosso Reino.
Aleluia aleluia, aleluia
Dal vangelo di Luca 10,38-42
Aleluia aleluia, aleluia
Ontem fui sepultado com Cristo,
hoje ressuscito convosco que ressuscitastes;
convosco fui crucificado,
recordai-vos de mim, Senhor, no vosso Reino.
Aleluia aleluia, aleluia
Homilia
O Evangelho leva-nos com Jesus, a Betânia, em casa de Marta e de Maria. Sabemos pelo Evangelho de João que aquele era o lugar onde Jesus gostava de estar: ia lá muitas vezes, sobretudo quando as disputas com os fariseus se tornaram mais duras e crescia a hostilidade para com Ele. A amizade, o acolhimento daquela família ajudava-O, sustinha-O. Deveriam fazer o mesmo, todas as casas, todas as comunidades dos discípulos de Jesus. Trata-se de uma indicação preciosa também para os nossos dias, no momento em que vemos crescer, perto e longe, desconfiança e rechaços, conflitos e guerras, assim tão numerosas que acabamos por nos esquecer da maior parte delas. A casa de Betânia recorda-nos a urgência do acolhimento e do encontro. Uma dimensão que afunda as próprias raízes também na Bíblia: basta pensar no que aconteceu em Mambré, episódio que a liturgia de hoje associa àquele evangélico. Abraão ao ver os três peregrinos vai ao encontro deles, prostra-se no chão e, depois, acolhe-os para o almoço. Que distância em relação à hostilidade com que são hoje bloqueados os forasteiros que atravessam, também eles, o deserto ou o mar, para fugirem da guerra, da fome ou da injustiça!
O Evangelho induz os discípulos a compreenderem mais a fundo o estilo e o sentido do acolhimento e do encontro. O evangelista Lucas – o único que narra este episódio – sugere que tinha sido Marta a acolhê-l'O em casa: “Certa mulher, de nome Marta, recebeu-O em sua casa”. E é ela quem se aplica a preparar a mesa, ainda que à pressa. Também sua irmã Maria estava presente, “sentou-se aos pés do Senhor e escutava a sua palavra”. Marta deixa-se levar pelos preparativos da mesa. Jesus não condena Marta pelo seu activismo, no entanto, deseja que ela entenda a primazia da escuta da Palavra de Deus. Tanto mais que o gesto que Maria estava a fazer era inconcebível para a altura: as mulheres estavam excluídas da leitura da Torá. E o evangelista sabe muito bem que com essa cena, propõe um ensinamento inovativo: Maria, uma mulher, entra como discípula do mesmo modo que os apóstolos. Ela mostra qual é a identidade do discípulo de Jesus. É uma cena que devemos contemplar, preservar e não esquecer. O discípulo é aquele que escuta. Por isso, Paulo poderá escrever que a fé provém da escuta. Escutar a Palavra de Deus é a primeira obra do discípulo, a sua primeira postura: estar, precisamente, aos pés do Mestre e escutá-l'O sem perder nenhuma das palavras que saem da Sua boca. À Marta que corria o risco de ofuscar referida primazia, Jesus recorda a coisa essencial, a única de que temos, deveras, necessidade: a escuta.
